No ombro do íntimo carrego o bornal com o jornal-vida dos meus dias, com relatos, crônicas, contos e poesias do ontem fui e hoje estou, do ontem alcancei e hoje restou. O ombro imo arria com o peso. Sinto o cansaço viceral.
No crepúsculo da minh'alma, já nem sei se a calma me afronta. Sei que os inquietos ponteiros do tempo, chispam para alcançar o inteiro, sem se ater nas frações do roteiro. O circuito veloz me zonzeia. Ah... este cansaço atroz... No existir, o sentimento viceral me apoquenta.
Então, sob a esteira sideral desato os cordões do bornal. Do jornal do imo soltam-se e esvoaçam folhas e folhas. Releio nas letras garrafais os desfeitos e os feitos. Dali, daquela esteira os magos do facho alumbram a branca página. Agarro-me ao sentimento viceral, digladio com o cansaço, abro espaço para novas façanhas. Pari da entranha o existir em mim e em ti.
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