Quando já não pensava em vê-lo
Tão cedo
E a saudade já me toldava o olhar
Você me veio de surpresa
na carona da languidez do luar
Ah, essa Lua que sempre nos acompanha
E nos assanha o desejo tão lindo!
Abri-lhe a porta meio incrédula
Pelo inusitado do dia e hora
Mas toda a descrença se desfez
Sem nenhuma demora
Na sofreguidão do beijo
Na quentura do abraço
E como a gente se perde
nesse mar de carinho
Nesse entrelaçar de mãos
Nesse emaranhado
de afagos e sussurros
Tão comum a quem sabe da entrega
Que o amor exige
É que na incerteza que habita
o coração de quem ama
A falta da pessoa amada
Faz das noites silenciosas
Baldias da presença querida
Um ir e vir de lembranças
De vivências que se materializam
a cada instante de solidão
como a dizer:
Estou aqui!
E a gente vai bebendo dessa fonte
Vai se alimentando da luz
Que aquece o corpo
Que alimenta a alma
Que enternece o olhar
Que faz brotar o sorriso
quando a nostalgia insiste
Em virar tristeza
Quem ama faz da solidão
uma companheira
Uma parceira querida
Capaz de fazer da gente
Alguém mais complacente
E feliz
Alguém que por um triz
Deixou de lado a chance
de ser protagonista
De sua própria história
Pois quem não vence o medo
Quem não se isola
de vez em quando
Não é capaz
de saber de si nem do outro
Não acura os ouvidos
Não desenvolve os sentidos
A ponto de pressentir
que o amado vem chegando
E que bate à sua porta
Anunciando
Um êxtase amoroso e lindo
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