Delírio Onírico
Paixão, anjo do meu ser copo-de-leite,
cerre os olhos e viaje comigo
nesta mirabolante miragem estonteante...
Entre os enfeites
das macias plumas do delírio onírico,
o Uno, você e eu, em suaves deleites.
A lua nos espia com a fronte colada na janela.
Sobre nossa rósea pele orvalhada,
ela resvala a barra da diáfana lingerie prata.
Cúmplice do nosso querer,
a rainha da noite, nos instiga prazer.
Pousa, em nossa silhueta,
o facho com cachos
de deliciosas alquimias do apetecer.
Apaixonante espetáculo de sedução.
Ardor franco unta a cadência.
Nossas mãos entrelaçadas,
no aberto abraço, as peles se beijam.
A ternura se espalha na imensidão do delírio.
Adormecemos no entrelaço.
A aurora traz, ornado com debrum, o desjejum.
O sol debruça no parapeito
do adormecido anseio,
desperta as plumas-oníricas.
Sob o calor do cigano astro,
sem engano, o Uno, era eu só.
Eu a sua "mulher menina", na total lucidez
a espera pela sua embriaguez.
Por que não recomeçar tudo outra vez?!
© Arlete Meggiolaro
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